quarta-feira, dezembro 19, 2007

O Cabo Submarino


Em 1853, quatro anos após ter sido concluída a primeira ligação telegráfica submarina, o governo imperial já se preocupava com a ligação, por esse meio, do Brasil com a Europa. Houve algumas tentativas que não vingaram. Finalmente, em 1872, foi concedido ao Barão de Mauá, por decreto de 16 de agosto, o direito de lançar cabos submarinos e explorar a telegrafia por 20 anos.

Em 23 de dezembro de 1873, concluia-se a ligação entre Belém, Recife e Salvador ao Rio de Janeiro, na presença de Pedro II que, da praia, assistiu à chegada do cabo e a finalização da ligação em uma construção em Copacabana. Tão pronto a ligação foi concluída, o Imperador enviou cabogramas aos presidentes das três Províncias, nos seguintes termos: «Já se acha o cabo submarino no território da capital do Brasil. A eletricidade começa a ligar as cidades mais importantes deste Império, como o patriotismo reúne todos os brasileiros no mesmo empenho pela prosperidade de nossa majestosa pátria. O Imperador saúda, pois, a Bahia, Pernambuco e Pará por tão fausto acontecimento, na qualidade de seu primeiro compatriota e sincero amigo. Até aos bons anos de 1874.» Neste dia, o Barão de Mauá foi elevado a Visconde.

Em 22 de junho de 1874, quando a ligação com a Europa foi completada (de Recife a Carcavelos em Portugal,via Cabo Verde e Ilha da Madeira), a notícia foi alcançar o Imperador em visita à Biblioteca Nacional, então na Rua do Passeio, 46. Sua Majestade mandou passar cabogramas ao presidente da Brazilian Submarine Telegraph Company _depois_ Western Telegraph Co. Ltd. E aos monarcas de Portugal, Inglaterra e Áustria.

Houve manifestações na Câmara e júbilo popular. A Imprensa divulgou, por vários dias, notícias à respeito.

A gravura mostra, à direita, o casebre onde foi instalado o terminal do cabo submarino. Hoje, no local, está o prédio nº 4.228 da Av. Atlântica.

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