quarta-feira, janeiro 23, 2008

Rua da Assembléia


Por muitos anos foi Rua da Cadeia porque para ela se abriam as janelas da prisão da cidade, no térreo do edifício da Câmara. Foi Rua de Manoel Brito, que nela teve um negócio de pastéis. Foi caminho para São Francisco por causa de um cruzeiro dedicado ao santo, que existia no Largo da Carioca, em frente ao Convento de Santo Antonio. Foi ainda Rua do Padre Bento, que ali residiu no final do Sec XVII. Finalmente, passou a ser chamada de Rua da Assembléia por motivo da instalação da Assembléa Geral Constituinte e Legislativa convocada por decreto de 3 de junho de 1822 do ainda Príncipe Regente D. Pedro, graças ao movimento independentista do Rio, liderado por Gonçalves Ledo e cujo centro de irradiação era o Senado da Câmara, então funcionando no consistório da Igreja do Rosário.

Nessa Assembléia concorreram, como deputados pela Província de Minas Gerais, José de Rezende Costa Filho e o padre Manoel Rodrigues da Costa, dois dos inconfidentes que, trinta anos antes, estiveram presos no mesmo prédio.

O Decreto de 1921, que alterou o seu nome para República do Peru, foi revogado em 1937, para que voltasse a ser da Assembléia, nome consagrado pelo povo.

A foto mostra a cadeia velha, no prédio que antecedeu o Palácio Tiradentes que hoje conhecemos. O local é ocupado desde o séc XVII, quando os vereadores decidiram abandonar o Morro do Castelo, e construir uma nova câmara na, então, Rua da Misericórdia, perto da Igreja de São José.

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