quarta-feira, abril 16, 2008

Rua dos Ourives


Como ia desde a Igreja de Nª.Sª. do Parto (no final da Rua São José) até o morro da Conceição, ficou sendo, desde o séc. XVII, o Caminho do Parto para Conceição. Cortava, de modo oblíquo, as ruas perpendiculares ao litoral, quase como uma continuação da rua da Ajuda. Com o passar do tempo, nela começaram a instalar-se as oficinas dos lapidários e joalheiros, sempre olhados com desconfiança pelas autoridades, por suspeitarem da existência, entre eles, de receptadores do ouro sonegado à vigilância do Fisco nas Minas Gerais. Houve tempo em que foi proibida a profissão de ourives de obras de ouro. Somente depois da chegada de D.João foi a profissão exercida às claras.

Quando da abertura da Av. Central (hoje Rio Branco), foi ela dividida em dois pedaços que ficaram bastante distanciados um do outro. Ao pedaço menor, entre a São José e a Sete de Setembro, foi dado o nome de Rodrigo Silva, permanecendo o trecho maior, entre a Rua do Ouvidor e o Largo de Santa Rita, com a designação de Rua dos Ourives até que, em 1936, teve seu nome alterado para Miguel Couto por nela ter tido consultório o conceituado médico.

A foto mostra a Av. Rio Branco em 1920; à esquerda, vê-se a então ainda Rua dos Ourives na esquina de Ouvidor, note-se a Igreja de Nª.Sª. da Boa Morte, na Rua do Rosário. Á direita, não muito distante, a cúpula da Candelária. O mapa mostra, marcada em carmim, o traçado da rua dos Ourives antes da abertura da Av. Central.



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