quarta-feira, junho 25, 2008

Lampadário da Lapa

Obra do escultor Rodolfo Bernardelli por encomenda do prefeito Pereira Passos. Foi inaugurado em 1906, quando da abertura da Av. Mem de Sá. Sua execução ficou a cargo da Fundição Brasileira de Ferro e Bronze Kobler & Cia.

De bronze e granito, em estilo neomanoelino, em uma evocação às grandes navegações portuguesas dos séculos XV e XVI, mostra velas enfunadas, sextantes e animais marinhos. Em seu topo, uma esfera armilar.

A foto do início do séc.XX mostra o Largo da Lapa com o lampadário, vendo-se, ao fundo, o Grande Hotel, edifício hoje ocupado pela Sala Cecília Meirelles. A foto atual mostra o lampadário depois da restauração concluída em janeiro de 2006.




quarta-feira, junho 18, 2008

Cuauhtémoc


O monumento, que se encontra na chamada Praça do Índio, constituído de uma estátua em bronze do último imperador dos astecas sobre um pedestal de granito de 5 metros de altura, foi doado à cidade pelo governo do México quando do centenário de nossa independência. A inauguração ocorreu no dia nacional do México (16 de setembro) em 1922, na confluência da Praia do Flamengo com as avenidas Oswaldo Cruz e Ruy Barbosa. A foto da corrida de automóveis, em 1935, na "Curva da Amendoeira", mostra aquela posição. Quando da conclusão das obras do Aterro do Flamengo, o monumento foi deslocado algumas dezenas de metros até o local onde hoje se encontra.

A estátua é uma réplica da obra de Miguel Noreña em monumento inaugurado na Cidade do México em 1887. Representa o imperador com uma lança em riste; o manto Tiacatecatl, de chefe, sobre os ombros; e o diadema dos guerreiros astecas.

Cuauhtémoc (águia pousada, em náhuatl) assumiu o trono em 1520, sucedendo a Cuaitkáhuac, um ano antes de os espanhóis tomarem a capital do Império, Tenochtitlan (onde hoje se localiza a Cidade do México). Feito prisioneiro e torturado por Cortez que queria saber do destino do tesouro de Montezuma; mesmo tendo os pés queimados por brasas, recusou-se a revelar qualquer informação. É cultuado no México como ícone da bravura e resistência indígenas.

A foto dupla mostra o monumento no Aterro, e uma vista do existente na Cidade do México.


quarta-feira, junho 11, 2008

Forte do Leme

Logo depois das invasões francesas de 1711, foi instalado no topo do morro existente na extremidade Leste da praia de Copacabana, uma estação de vigilância com bandeiras e fogos para anunciar a aproximação de navios. Graças a isso, há quem ainda chame o Morro do Leme de Pedra do Vigía.

O Marquês de Lavradio, então Vice-Rei do Brasil, mandou construir, em substituição ao posto de vigilância, um forte que ficou pronto em 1779. Entretanto, em 1791, o novo Vice-Rei, conde de Resende, por motivo de economia, desativou o forte. Em 1823 foi reativado e recebeu canhões, dos quais restam três, hoje colocados à sua entrada. Em 1831 foi, novamente, desativado.

O presidente Hermes da Fonseca (1910-1914) promoveu a construção de um novo forte no local. O projeto do engenheiro coronel Tasso Fragoso foi enviado à fábrica Krupp, na Alemanha, que fabricou, especialmente para esta fortaleza, quatro obuseiros de 120mm. Durante os trabalhos de instalação das armas ocorreu a entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, o que acarretou a saída dos tècnicos estrangeiros antes mesmo da conclusão dos trabalhos.

Em 1935, o nome foi alterado para Duque de Caxias. Durante a 2ª Guerra, inexistindo ainda equipamentos eletrônicos de detecção, um dos vigias chegou a confundir com submarinos, algumas baleias, comuns àquela época nas proximidades de Copacabana.

Hoje é ponto turístico. Aos sábados, domingos e feriados, mediante o pagamento de pequena taxa, pode-se subir ao topo do morro por caminho pavimentado de paralelepípedos, que serpenteia na mata existente na encosta, a partir do Centro de Pesquisa de Pessoal do Exército, com acesso pela Praça Alm. Júlio de Noronha, s/nº, de 09 às 17h de sábados, domingos e feriados. Informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2275.3122.

quarta-feira, junho 04, 2008

Sino do Aragão

É como ficou conhecido, a partir de 1825, o sino da torre esquerda da Igreja de São Francisco de Paula. Mede um metro de diâmetro, pesa seiscentos quilos, e foi fundido na oficina do nº.44 da então Rua de São Lourenço (depois Senador Euzébio; hoje, Pres.Vargas).

O apelido foi atribuído pelo povo em conseqüência do toque de recolher instituído, por edital de 3 de janeiro de 1825, pelo Desembargador Francisco Teixeira de Aragão, Intendente-Geral de Polícia.

A Igreja do Largo de São Francisco foi a escolhida para fazer o anúncio, o que passou a fazer com o sino da torre esquerda. É que o sino da torre direita estava alugado aos irmãos da Ordem Terceira da Penitência, porque sua igreja, no Largo da Carioca, era proibida de ter sinos por imposição do vizinho Convento de Santo Antonio.

Segundo o determinado, às 22 horas no verão e às 21 no inverno, o sino da Igreja de São Francisco de Paula devia soar por trinta minutos, ininterruptamente, para avisar aos cariocas que deviam se recolher, e às casas comerciais que precisavam encerrar suas atividades. A medida visava reduzir a quantidade de assaltos e, também, das arruaças provocadas pelos «capoeiras». Essa determinação perdurou válida por 58 anos; até 1878, portanto.

A foto mostra um postal colorizado da igreja; à direita do leitor, a torre que guarda o sino "Aragão".