quarta-feira, janeiro 28, 2009

Rua Carvalho de Mendonça

Pequena rua em Copacabana que une a rua Duvivier à Rodolfo Dantas. É ladeada por edifícios construídos no início década de 1950, com apartamentos minúsculos chamados, à época, J K (janela e kitchenette), muito usados como garçonnière (palavra muito usada na época, hoje em desuso, inclusive por não mais existirem tais locais "especializados").

Pois consta que uma noite, um rapaz, já bêbado, gritou da calçada: «Joga a chave, meu amor!» muitas chaves foram atiradas e uma, ligada a um chaveiro mais pesado, acertou-o em cheio na testa, forçando-o a ir a um hospital levar alguns pontos...

João Roberto Kelly agarrou a dica e compôs para o carnaval de 1965 uma marchinha que fez enorme sucesso: «Joga a chave, meu amor!».

O local foi repleto de barzinhos, muitos deles mal frequentados, o que fazia quase permanente a presença da polícia na rua.

Alheios a esses problemas, existiam uns poucos lugares onde se podia ouvir a melhor música dos anos 1960. E barzinhos de vida mais calma, como o Manhattam e o Kilt Club; este, propriedade do Pierre, que havia sido garçom do Bacarat. No Kilt, só se podia entrar de paletó; e havia vários, na portaria, para emprestar aos frequentadores conhecidos.

Hoje, nada mais que pequenas lojas, alguns brechós e tranquilos transeuntes.

A propósito, a rua homenageia a Manuel Inácio Carvalho de Mendonça, que nasceu em 2 de dezembro de 1859, em Minas Gerais, e faleceu em 19 de setembro de 1917. Formou-se em Direito, em 1881, pela Faculdade de São Paulo. Veio para o Rio de Janeiro, onde foi frequentador assíduo do Apostolado Positivista do Brasil, como positivista ferrenho que era. Publicou diversas obras na área do Direito e do Positivismo.




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