quarta-feira, maio 04, 2011

Ameno Resedá


As origens do rancho carnavalesco são controversas. Consistia de um cortejo, que seguia um rei e uma rainha, uma banda com instrumentos de sopro e de cordas em um rítmo conhecido como “marcha rancho”, mais lento que o samba.

O mais famoso deles foi o Ameno Resedá, fundado em 1907 por funcionários públicos, tendo sede no Catete. No ano seguinte, teatralizou um tema egípcio, o que agradou a assistência e passou a ser o comportamento dos demais grupos. Os enredos eram quase sempre mitológicos e contavam uma história. As fantasias eram sempre luxuosas.

No carnaval de 1911, o Ameno Resedá esteve, a convite do Presidente Hermes da Fonseca, no Palácio Guanabara, de onde, representando o enredo A Corte de Belzebú, saiu em desfile.

Em 1917 instituiu a Comissão de Rancho, que viria dar origem à Comissão de Frente das Escolas de Samba.

Em 1927, Coelho Neto, um de seus admiradores, escreve uma carta na qual incentiva o grupo a adotar temas brasileiros, já que sempre desenvolviam temas europeus. O Rancho, então, inova, apresentando como tema o Hino Nacional, o que foi revolucionário pois era, além de nacional, um tema abstrato. Embora classificado em terceiro lugar, Coelho Neto não deixou de aplaudir, dizendo que “nem sempre quem planta é quem colhe”.

É de se notar que Sinhô (18set1888-04ago1930), tido como pioneiro do samba, foi um dos diretores de harmonia do grupo. Sua foto encima o post.

Em 1941, reunidos em Assembléia, os componentes do Ameno Resedá decidem sua extinção. Parte dos bens foram doados à Irmandade de Nossa Senhora da Glória.

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